08h30

Alunos da pós-graduação em Fisioterapia Hospitalar criam protótipo durante estágio e doam equipamento para o HSI

Compartilhe
Tamanho da Fonte

Alunos da primeira turma do curso de pós-graduação em Fisioterapia Hospitalar com Ênfase em Unidades de Alta Complexidade construíram protótipos de equipamentos de mobilização precoce e exercícios terapêuticos, como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), durante o estágio no Hospital Santa Izabel (HSI). 

Um dos projetos foi o encosto funcional de PVC, executado pelos alunos Rodrigo Aleixo e Talita Antunes, doado ao serviço de Fisioterapia do HSI no dia 20 de setembro. O outro equipamento foi um cicloergômetro, projetado pelos alunos Alisson Noia, Graziela Lopes e Daniele Profeta, doado ao HSI no dia 28 de setembro. 

Todos os projetos foram realizados sob a orientação da supervisora de estágio, professora Isis Resende, e do coordenador do curso, o professor Giovani Assunção. 

Segundo a professora Isis Resende, a ideia da construção destes equipamentos surgiu após a observação dos alunos, durante o campo prático do estágio. 

“São protótipos necessários à mobilização precoce, que enriquecem a experiência de atendimento dos pacientes. Além disso, são recursos que o serviço do hospital tinha em menor volume, sendo assim, foram úteis para aumentar o aporte de recursos fisioterápicos disponíveis”, pontuou a supervisora. 

Segundo ela, a atividade teve grande importância para a construção do conhecimento teórico-prático da turma. “A atividade exigiu do aluno o raciocínio crítico e inventivo necessário para ser capaz de mudar práticas assistenciais, melhorar a experiência dos clientes e deixar uma marca para as futuras turmas”, ressaltou. 

De acordo com o aluno Rodrigo Aleixo, que também é fisioterapeuta, o projeto levou alguns meses para ser construído, já que foi preciso muita pesquisa.  

“Realizamos muitas conversas com a coordenação e supervisão da faculdade e do hospital, precisamos passar pela aprovação da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), que possui um rígido controle de higienização, até que o equipamento fosse aprovado”, explicou Rodrigo. 

A dupla de fisioterapeutas, Rodrigo e Talita, construiu dois tipos de protótipo do encosto funcional, sendo um deles com uma capa de lona, com suporte para até 90 kg. O material escolhido foi o PVC por possuir baixo custo e fácil manuseio. 

“O equipamento traz vários benefícios para o paciente que fica muito tempo acamado, ajudando-o a sentar-se com qualidade e segurança, além de ajudá-lo a despertar melhor após os efeitos de sedação em um centro cirúrgico”, destacou Rodrigo. 

“Foi uma atividade bastante enriquecedora, que me agregou muito profissionalmente. Além de pesquisarmos bastante sobre mobilização precoce, a atividade serviu para unir a turma, já que minha parceria de trabalho se tornou minha amiga. Foi um grande aprendizado”, avaliou o aluno. 

Para o fisioterapeuta Alisson Noia, que projetou o cicloergômetro juntamente com as colegas Graziela Lopes e Daniele Profeta, a atividade também foi muito gratificante, pelo benefício que o aparelho trará aos pacientes. 

“O cicloergômetro tem como benefício o aumento da capacidade cardiorrespiratória, o fortalecimento muscular, a manutenção da amplitude de movimento, além de redução do tempo de internação. Ele pode ser utilizado por pacientes colaborativos, com estabilidade hemodinâmica e, no mínimo, grau 3 de força muscular nos membros a serem exercitados. Realizar essa atividade, sem dúvida, nos deixa a certeza de que a humanização sempre fará parte do nosso processo de crescimento pessoal e profissional. O sentimento é de missão cumprida, deixando esse legado que certamente beneficiará muitas pessoas, seres humanos”, concluiu.